Picture of Gabriela Melo

Gabriela Melo

Click edit button to change this text. Lorem ipsum dolor sit amet consectetur adipiscing elit dolor

Obesidade mental: você sofre desse problema?

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp

Obesidade mental

“O poder oriundo da informação está em saber usá-la, não em possuí-la.” (Tadeu Cruz)

Você já ouviu falar de obesidade mental? Hoje vou te ensinar a identificá-la e combatê-la.

A maioria das pessoas sabe que a obesidade corporal é uma doença que se caracteriza pelo excesso de peso, normalmente causado pelo consumo de grandes quantidades de açúcar e gordura e a ausência de exercícios físicos na rotina. Contudo, o termo obesidade mental ainda é uma novidade para grande parte da população, embora seus efeitos não sejam tão raros assim.

Enquanto a obesidade corporal aumenta o risco de doenças e complicações, como colesterol alto, diabetes ou hipertensão, a obesidade da mente também pode trazer consequências para a nossa saúde mental. Se por um lado o corpo engorda com o consumo exagerado de calorias, o excesso de informações inúteis é apontado como o grande culpado pelas mentes obesas.

Como funciona

Não há como negar que estamos vivendo na era da informação e da comunicação. Graças às tecnologias modernas, temos todo o tipo de conteúdo disponível com apenas alguns cliques no computador, tablet ou celular. Basta abrir um e-mail ou acessar uma rede social para sermos bombardeados por elas, desde notícias sobre o que acontece de mais importante pelo mundo até matérias sobre o último escândalo entre as celebridades.

Essa verdadeira overdose de informações acaba trazendo consequências para a humanidade, afinal, nunca na história tivemos acesso a tanto conteúdo como temos hoje. Se pegarmos como exemplo um dos jornais mais famosos do mundo, o New York Times, podemos encontrar em um único exemplar mais informações do que uma pessoa que viveu na Idade Média teria acesso em uma vida inteira. Quando consumimos todas elas, sem controle ou reflexão, acabamos nos alimentando de tudo isso, sem fazer escolhas conscientes ou sábias.

A obesidade mental deixa nosso cérebro tão sobrecarregado de informações que os lobos frontais (responsáveis por funções humanas essenciais, como a capacidade de planejar, priorizar e antecipar) não conseguem trabalhar corretamente, o que é interpretado como mensagens de ansiedade e medo pelas regiões cerebrais mais primitivas.

Não é à toa que nos tempos modernos as pessoas em geral, especialmente os jovens, enfrentam tantos problemas – como crises de ansiedade e ataques de pânico. Acreditamos que nos manter “informados” e “por dentro” de todos os assuntos é benéfico para o nosso cérebro, mas os excessos provocam justamente o contrário: sabemos muito, mas nos tornamos incapazes de aplicar esse conhecimento em nossas vidas.

Confira o vídeo abaixo:

Como identificar a obesidade mental

Identificar se uma pessoa sofre ou não com a obesidade da mente é mais difícil do que avaliar os níveis de obesidade corporal, porque não há espelhos, balanças ou cálculo de Índice de Massa Corporal (IMC) que nos mostre o excesso de informações inúteis que acabamos levando conosco.

A principal característica de quem sofre com esse problema é a diminuição da capacidade de pensar, refletir e principalmente: colocar os aprendizados em prática. Uma pessoa muito inteligente, com anos de estudo, pode sofrer com a obesidade mental.

Isso não significa que ela não seja esperta ou esforçada, mas sim que sua mente está repleta de informações inúteis, que acabam bloqueando sua criatividade, suas ideias e seus projetos.

Quantos artistas, intelectuais e pessoas brilhantes já não enfrentaram momentos de bloqueio criativo, falta de ideias ou mesmo falta de inspiração? Essas situações nem sempre são sinônimos de obesidade da mente, mas em muitos casos podem ter uma relação direta com o excesso de informações com o qual temos contato todos os dias.

Quando você alimenta sua mente apenas com produtos midiáticos, fofocas de celebridades, debates rasos do Facebook e assuntos supérfluos, sem uma reflexão verdadeira, seu cérebro acaba perdendo aos poucos a capacidade de “pensar grande”, refletir e construir bons argumentos.

O mesmo acontece com seu corpo quando você apenas oferece alimentos industrializados, doces e comida congelada: seu metabolismo fica mais lento e sua saúde acaba sendo afetada por uma alimentação tão pobre em nutrientes.

Consequências

Já citamos algumas das principais consequências da obesidade corporal, mas você conhece os problemas que podem ser acarretados pela obesidade mental?

Além da dificuldade de pensar, resolver problemas e desenvolver novas ideias, as pessoas que sofrem com esse problema acabam tendo baixa produtividade e incapacidade de formar opiniões próprias, tornando difícil a tomada de decisão.

Sem contar aquela sensação terrível de que você estuda, estuda e estuda, mas não consegue aprender nada, o que acaba prejudicando sua saúde mental e emocional e diminuindo sua autoestima – e isso pode ser particularmente massante para os concurseiros.

Esses fatores podem ter um reflexo negativo em sua vida pessoal, social e até mesmo profissional, o que, por sua vez, pode acarretar outros transtornos (ansiedade, frustração e, em casos mais severos, depressão).

Para quem estuda para concursos públicos, um dos problemas relacionados à obesidade da mente é o famoso “branco” – mesmo depois de ter estudado o conteúdo, a mente é incapaz de guardar aquela informação e na hora de responder às questões, o concurseiro não consegue se lembrar do que estudou.

Combatendo esse problema

Assim como na obesidade corporal, a resposta para “curar” a obesidade da mente é o equilíbrio. Ou seja, não é preciso excluir seus perfis em todas as redes sociais, nunca mais folhear uma revista de fofoca e passar todo o seu tempo livre lendo Machado de Assis.

Ninguém deve viver completamente alienado do mundo moderno e você não precisa se sentir culpado por encontrar prazer em alguns momentos de puro entretenimento, assim como uma pessoa obesa não precisa renunciar ao chocolate para sempre: basta aprender a consumir com moderação.

Assim como exercitamos nosso corpo para nos livrar do excesso de gordura, é exercitando nosso cérebro que conseguimos substituir informações inúteis e estagnadas por conteúdos, ideias e novos projetos para nossa vida pessoal e profissional. Isso pode ser feito com exercícios mentais, leitura e reflexão dos conteúdos lidos, momentos de lazer e sistemas de aprendizados formais e informais, incluindo planos de estudo.

Quer algumas dicas?

  • Leia pontos de vista diferentes sobre um mesmo assunto e tire suas próprias conclusões.
  • Aprenda um novo idioma.
  • Pratique esportes.
  • Jogue jogos de estratégia.
  • Faça um curso ou treinamento.
  • Organize um clube de debates, no qual os membros conversam sobre as pautas escolhidas pelo grupo.
  • Viaje e conheça costumes diferentes.
  • Crie um blog e escreva sobre assuntos dos quais você gosta.
  • Foque nos seus objetivos. Aproveite para conferir dicas de estudos para concurso público capazes de potencializar seus resultados.

Essas são pequenas coisas que, ao serem incluídas no seu cotidiano, podem fazer uma grande diferença para sua saúde mental. Da mesma forma que um nutricionista ou personal trainer podem auxiliar um paciente com obesidade corporal, você também pode recorrer a um coach para ajudá-lo no combate à obesidade mental.

Se você gosta das nossas dicas e quer saber mais sobre assuntos do seu interesse, acompanhe nossas páginas no Facebook e no Instagram e não se esqueça de se inscrever no canal do Youtube para conferir conteúdos exclusivos. 

More to explorer

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

2 Replies to “Obesidade mental: você sofre desse problema?”

MARCIO

MUITO BOM GABI, VALEU!!!!!

fabio cunha e cruz leao

Otimo perfeito texto Gabi